29 agosto, 2013

curação de macho




Eles são mesmo eternos muleques. Eternos menininhos. Não enlouqueçamos com isso. Aproveitemos sua eterna disposição ao maravilhamento.

Eles querem nos guardar em baixo do peito. Mas prendem as vezes. É só saber se soltar com ternura e astúcia. Eles hão de aprender que nós não somos passarinhos de gaiola, e sim harpias. Apenas nossos coraçõezinhos saltam como passarinho preso na mão.

Eles têm preguiça de levantar, sair, reinar, suar, fazer. Não vale brigar, é melhor tentar, seduzir,  voltar pela porta contando as estripulias, os aprendizados, as aventuras. Duvido não fazer gosto no nêgo.

Não ajudam, não colaboram, não limpam, esquecem de fazer. Repare no carinho, no cuidado, como lembram seu doce favorito, sua posição favorita, sua música favorita na hora de não trocar a faixa. São só a primeira frase? Deixe-os sem olhar pra trás.

São voyers, nos exibamos. São exibidos, desafiamos. Briga intelectual, pacto cotidiano. Amar é ter um melhor amigo que dorme de cueca na mesma cama que você.