23 janeiro, 2010

MAD

Gosto de escrever
Trabalho com texto

Vou ser sincera... eu até que gostava das aulas de portugues na escola. Sei algumas regras básicas de vírgula... sei ortografia... mas passo muito, muito longe de conhecer a Gramática.

Às vezes me perguntam como eu aprendi a escrever:

- Lendo!

E me perguntam como eu aprendi a ler:

- Lendo!

Assim que eu fui alfabetizada. Veja bem, há diferenças entre ser alfabetizada e saber ler.
Bem... assim que fui alfabetizada saí lendo neuroticamente tudo que encontrava e, bem, minha casa nunca foi exatamente uma casa de intelectuais, dessas que os pais ouvem Ópera, que é lotada de estantes com livros de filósofos, sociólogos, romances clássicos. etc... Na verdade, bem longe disso.

Por isso eu lia as coisas mais bizarras: livros decorativos das estantes da minha casa (sabe aqueles livros que têm capa bonita e as pessoas colocam na sala para enfeitar, não importa o assunto?), passando por enciclopédias, bulas de remédio, e pelos livros da biblioteca do meu avô, que eram basicamente sobre Espaço, planetas, vulcões, rochas, dinossauros...

mas se existe uma coisa que eu lembro com muito carinho da minha infância é a magnífica coleção do meu avô de revistas MAD

Alguém já leu a Revista MAD!??!?!

Meu avô tinha uma coleção respeitável. Umas 100 revistas. De vários anos. De quando eu nem tinha nascido 1979, 1980, 81...

Eu li todas essas revistas. Cerca de cinco vezes cada uma. De fato, penso que talvez a revista MAD tenha sido responsável por formar parte da minha personalidade (o que, na verdade, é um diagnóstico um pouco preocupante. Quem já leu, sabe porquê)

Eu passava as férias no sítio, e, na época, não tinha TV lá. Quando o sol se punha e todo mundo ia fazer sua atividade indoor favorita, eu lia MAD. Lia, lia, lia.

O engraçado é que a MAD é uma revista de sátiras. Humor irônico e escrachado tbm, mas principalmente sátira.
E, é claro que aos dez, onze anos, eu não entendia nem 30 por cento do que lia. E, a medida que os anos passavam, e eu continuava lendo as mesmas revistas, eu ia entendendo mais e mais piadas. Acho que era um termômetro do que eu ia amadurecendo.

Entretanto, ainda hoje, às vezes lembro de uma piada e dou risada. como um "entendi!" super, hiper tardio.

Bom... fiquei bem curiosa com o que aconteceu com a MAD.
Fui dar uma pesquisada:

A trajetória da MAD no Brasil se divide em quatro séries: a primeira teve 103 números e durou de 1974 a 1983; a segunda série teve 158 números e durou de 1984 a 2000; a terceira série começou em 2000 e terminou em 2006 com 46 números publicados; a quarta série iniciou em março de 2008 e dura até hoje! Além da revista tradicional, todas as séries citadas lançaram diversas edições especiais.

Bom, separei algumas capas que eu lembro de ter lido umas mil vezes... amava os traços daqueles cartunistas! Tinha uma parte que eles faziam sátira de algum filme, recriando as cenas e diálogos. Teve vários filmes clássicos que eu conheci primeiro pela MAD, e só muito tempo depois eu fui assistir a versão original.
Tinha capas que eu nem entendia... Mas amava!!!










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