Fiz um post sobre a relação do meu avo com a evolução do cinema...
Ainda papeando com ele sobre o assunto ele me contou de um filme que ele viu. E eu achei interessante.
- Sabe, em 1932 eu vi um filme que se chamava “Maravilhas de 1940” (ou algo assim). Tinha um sujeito com uma doença sem cura. E a família decidiu congelá-lo para que ele acordasse no futuro, quando já teriam descoberto a tal cura.
Eis que o sujeito acorda em 1940 e leva um susto. Está tudo diferente. Os carros são hiper velozes, etc...
Aí o sujeito tá com fome, pq afinal ele passou oito anos congelado, aí ele entra em um restaurante... fica olhando o cardápio e pede um prato de arroz, bife e batata frita. Fica esperando com água na boca.
O garçom traz o prato coberto com aquelas tampas prateadas e quando ele levanta a tampa... o sujeito mal pode esperar de fome... Eis que tem três pílulas no prato. Cada uma representando o que ele necessitava na refeição. As vitaminas, proteínas, etc...
Você imagina a frustração do sujeito... que tem que engolir as tais pílulas quando ele queria comer um belo bife!?
Esse foi o relato do meu avô. Nem sei sobre o tal filme. Nem pesquisei tbm... mas fiquei pensando no assunto.
Primeiro – desde 1932 os filmes sobre o futuro eram parecidos com os de hoje... congelamentos, carros incríveis, etc...
Coisa que, convenhamos, não aconteceu até hoje. E já passamos, há tempos, do “misterioso e futurista” ano 2000.
Segundo – em 1932 o ano de 1940 já era o futuro maravilhoso. Não é o máximo? Só oito anos na frente. Muito depois o cinema trabalhou com datas bem mais longínquas. Anos 3 mil e algo...
Até ano passado, quando o futuro terrível virou 2012, só 3 anos na frente. Vai entender.
Terceiro – essa coisa de pílulas substituindo a comida sempre esteve entre sonho pra ciência e pesadelo pros gulosos, né?
Anyway, se isso realmente tivesse se tornado realidade em 1940, garanto não teríamos nem metade dos problemas ambientais e de obesidade que temos hoje!
Esse diretor de 32 deveria ter tido mais créditos em seu filme amalucado.
Quarto – meu avô teria odiado realmente ter que comer pílulas. Ele ficou traumatizado, lembra detalhes do tal filme até hoje. Uns 70 anos depois!!
Eu concordo. Prefiro as batatas fritas. Mas estou, pouco a pouco, abrindo seriamente mão da carne. E o assunto é sério, aqui. (mas tema de outro post).
Acho muito divertido ver esses filmes antigos que retratavam o futuro e constatar como as pessoas imaginaram coisas que até hoje não foram realizadas.
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